fotos: vitrais de Gerhard Richter

Costuma dizer-se: “a minha vida dava um filme”. Errado. A minha vida é mesmo um filme. Curiosamente não se diz  tanto, ou não se diz mesmo (ou só algumas vezes em poesia): “a minha vida é uma música”, “a minha vida é uma ópera”, “a minha vida é um poema”, etc.  

Não, a vida não é difícil, simplesmente pela razão que os “accrochements” são, na “investida”  à borla. Formam-se núcleos de força, de segurança que se ligam a todo o resto. Passo a Passo. Pedra a Pedra. Talvez a minha nota peferida de Bresson:  “Monte ton film au fur et à mesure que tu tournes. Il se forme des noyaux (de force, de sécurité) auxquels s’accroche tout le reste” Bresson, R. (1988): 38. Notes sur le cinématographe. Paris:Gallimard.

It’s a hard life: http://www.youtube.com/watch?v=fg6wYSKW9-Y